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É hora de repensar a produtividade?

  • Ludwig & Poloni Educação e Consultoria
  • há 2 dias
  • 3 min de leitura

As empresas vivem uma verdadeira obsessão pela produtividade em seus ambientes de trabalho.  Como headhunter e mentor de performance gerencial, converso diariamente com profissionais em busca de recolocação, e com líderes que tentam compreender por que suas equipes estão sobrecarregadas, improdutivas ou desmotivadas. E a resposta, muitas vezes, é paradoxal: o trabalho está nos impedindo de... trabalhar bem.

O dilema da produtividade

Preencher relatórios intermináveis, participar de reuniões pouco objetivas e responder e-mails que não agregam valor viraram parte da rotina.

Além disso, a promessa de que a tecnologia nos liberaria para o pensamento estratégico e criativo parece sempre adiada. No fim, estamos todos correndo para cumprir tarefas, mas raramente paramos para perguntar: isso aqui faz sentido?

A distração cobra o seu preço

A produtividade exige foco. Mas o ambiente de trabalho atual é um convite à distração: aplicativos, mensagens, reuniões virtuais, ligações e aquele fluxo contínuo de mensagens fazem com que nossos cérebros operem em um estado quase permanente de alerta. O resultado é um ciclo exaustivo: estamos sempre ocupados, mas frequentemente improdutivos.

Sem autonomia e visibilidade

No Instituto Ludwig & Poloni, acompanhamos muitos processos de diagnóstico organizacional e um dos gargalos mais comuns que encontramos está na falta de autonomia da equipe e na distância entre os gerentes e quem está na operação.

Muitas vezes, os profissionais na linha de frente enxergam problemas com clareza, mas não têm voz ativa e nem canais estruturados para propor soluções. E os gerentes, distantes da realidade operacional, continuam tomando decisões baseadas em indicadores desatualizados ou distorcidos. É aí que pequenas falhas operacionais se transformam em grandes crises de produtividade.

Em outros cenários, a micro gestão continua muito viva, muitas vezes disfarçada de “acompanhamento próximo”., mas confiança não se declara, se demonstra. Quando líderes centralizam decisões, exigem aprovação para tudo ou invalidam ideias vindas “de baixo”, sinalizam que o time não tem permissão real para pensar.

Redefinindo o que é produtividade

Durante muito tempo, medimos produtividade com base em entregas por hora, velocidade de execução, indicadores de performance e custo por tarefa. Mas esse modelo é insuficiente no mundo atual. Se o foco estiver apenas no resultado final, perdemos o que há de mais valioso no processo: a capacidade de inovar, de repensar, de criar soluções melhores.

Líderes eficazes sabem usar dados como aliados — não como armas de controle. É preciso combinar métricas tradicionais (como performance comercial) com indicadores de engajamento, clima e comportamento. E mais: envolver os próprios colaboradores na construção de métricas que façam sentido para a realidade deles.

Isso exige maturidade analítica e, acima de tudo, coragem para ouvir verdades desconfortáveis.

4 atitudes que aumentam (ou destroem) a produtividade da sua equipe


  1. Foco no impacto, não na presença: evite premiar quem “responde rápido” e valorize quem entrega soluções duradouras.

  2. Espaço para perguntas: incentive sua equipe a perguntar “por que fazemos isso?”, “para quem?”, “como melhorar?”. As melhores respostas vêm das melhores perguntas.

  3. Autonomia com responsabilidade: ofereça margem real para decisões e teste de hipóteses. Errar rápido também é produtividade.

  4. Escuta ativa e confiança real: esteja presente sem sufocar. Seu time precisa de apoio — não de vigilância.


Liderança é (também) inteligência emocional

A produtividade não nasce apenas de boas planilhas, mas de boas relações. Pessoas trabalham melhor quando se sentem seguras, valorizadas e ouvidas. Um líder emocionalmente inteligente reconhece seus próprios gatilhos, escuta com empatia e reage com equilíbrio. Ele entende que, para extrair o melhor dos outros, precisa primeiro oferecer o melhor de si.

Como headhunter e mentor de carreira, observo isso todos os dias: equipes com líderes preparados emocionalmente são mais engajadas, mais inovadoras e mais produtivas.

Por fim, um ponto que poucos consideram: produtividade também tem a ver com segurança psicológica e saúde mental. O que te inspira a fazer seu melhor? O que te trava nos momentos de pressão?

No Instituto Ludwig & Poloni percebemos que, quando há segurança emocional/psicológica, reconhecimento e propósito claro, existe produtividade entre todos os profissionais.


 
 
 

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