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QUANDO A PAIXÃO TERMINA

Não consigo acreditar que alguém possa alcançar pleno sucesso sem amar o que faz. De uma forma ou de outra, é preciso estabelecer uma relação de compromisso entre a prática e o desejo do que se espera alcançar, nem que para isso seja necessário focar constantemente nos sonhos e metas. Quanto mais a pessoa se lembra do que quer na vida, mais confortável se sente a respeito.

Certamente você já deve ter visto alguém desmotivado (sem motivo) e desanimado com seu trabalho. Em alguns momentos, ao trazer à tona seu discurso queixoso, esses profissionais depositam no ambiente de trabalho total responsabilidade pelos seus fracassos e insucessos. E assim vão “deixando a vida os levar”, vivendo um dia depois do outro sem propósito, sem uma verdadeira missão. Tipo aquela pessoa que está na empresa só de corpo presente, esquecendo-se de trazer consigo a alma, a emoção, o sorriso, o sentimento de conquista e realização. A crença de que as coisas vão mal sobrepõem qualquer mudança que possa acontecer, pois a pessoa não está disponível para as sensações boas que o trabalho pode despertar. Sim, despertar para uma vida positiva no trabalho pode fazer com que o resultado pelo sucesso seja uma consequência natural e não exija grandes esforços.

É como se as pessoas estivessem no modo automático, sem perceberem o que de fato acontece. Fadiga, baixo nível de energia, falta de foco nas atividades podem ser indícios de que algo não vai bem. Despreparo ao participar de reuniões, planilhas mal preenchidas, prazos não cumpridos, tudo isso gera retrabalho. O que está acontecendo? Por que algumas tarefas simples não são cumpridas de forma efetiva e com qualidade?

Quando a paixão termina, parece que “tanto faz”. Já não importa mais. Fica tudo mais ou menos. A pergunta que precisamos fazer é: existe solução? Talvez se o encantamento do trabalho acabar, realmente não exista mais o que fazer. O que precisamos entender é que as empresas precisam descobrir uma forma de manter o brilho do olho de seus colaboradores antes que isso aconteça. Projetos para engajar, para dar novos motivos, para confirmar as escolhas feitas podem mostrar novos caminhos.

Fica o alerta aos gestores que são responsáveis em monitorar o nível de envolvimento de suas equipes. Pessoas que já foram produtivas, que já contribuíram efetivamente com os resultados da empresa, podem se apresentar de uma maneira diferente. Certamente isso não acontece de uma hora para outra. Se for percebido em tempo, sim, o resgate pode ser feito. É possível reintegrar o colaborador a um processo de produção ativa.

Planejar, organizar, integrar, motivar e avaliar. Essa pode ser a saída para encantar novamente as pessoas que não encontram motivação para demonstrar empenho no seu dia-a-dia. A troca de setor, novas atividades e responsabilidades podem possibilitar uma revisão das práticas cotidianas, fazendo com as pessoas redescubram o prazer no trabalho. Observar a linguagem não verbal, estar próximo às pessoas, não deixar para depois o acompanhamento dos sentimentos que permeiam as relações de trabalho fazem parte check list do gestor. Vale à pena tentar! Sem brilho no olho não dá pra ser feliz! No trabalho e em lugar nenhum!


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