UM POR TODOS, TODOS POR UM
Em uma época de comunicação constante e pressões econômicas contínuas, há um grande número de pessoas buscando qualidade de vida no trabalho. Quanto mais confortável a sensação de estar em um ambiente que permita “ganhar o pão” e, ainda, sentir-se realizado e feliz, maior é o desejo de permanecer na empresa.
Empenhar-se para manter o equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho, não parece mais ser a única solução. Lidar com as adversidades, encarar os desafios diários com entusiasmo, sem ter a desistência como possibilidade, entendendo os valores da organização, ajuda a trazer à tona o prazer de desenvolver a atividade profissional.
Exercícios de análise do cenário são um dos vários métodos eficazes para aumentar a capacidade de se concentrar nos objetivos profissionais e na qualidade das contribuições com o resultado final.
Os impasses do universo corporativo atual desviam o olhar do profissional e insistem em fazer com que a energia e a vitalidade sejam direcionadas para o lugar errado, perdendo tempo, minando as relações e deixando nublado o percurso a seguir. Dessa forma, podemos destacar como vilões a mania de tensão, o mal da fofoca e a síndrome da competição.
No momento em que a empresa tem como premissa a pressão por resultados, leva os profissionais a cometerem excessos. Sem saber o que é prioridade, as pessoas se entregam aos projetos sem avaliar o que precisa ser feito primeiro. Ordens dadas na última hora, excesso de e-mails, reuniões inesperadas, longo telefonemas invadem o espaço destinado à produtividade. Ainda que exista muito a fazer, é necessário estabelecer um roteiro simples, porém eficaz. Caso contrário, receber e repassar tensão torna-se um hábito constante.
A ausência de informações transparentes sobre a projeção do negócio vira motivo de especulação e boatos na empresa. A fofoca de um possível momento de desestabilidade aumenta a insegurança da equipe, que por si só, às vezes já está cheia de questionamentos e fantasias em relação ao futuro profissional. Se surgir alguma dúvida, o melhor a fazer é ir direto ao ponto: conversar abertamente com quem pode lhe dar a informação correta. Gastar energia com boatos pode tirar o foco do trabalho. Assumir a responsabilidade de não levar adiante as informações duvidosas, pode fazer a diferença.
Competição no mundo corporativo pode ter suas vantagens e benefícios para as pessoas e para os negócios. Tudo que ocorre na medida certa, não causa danos aos envolvidos. Em uma empresa, por exemplo, em que as pessoas trabalham sob a ameaça constante de perder o emprego, os instintos de sobrevivência ficam mais aguçados, aumentando o individualismo e a competição. Em contrapartida, se há estímulo ao crescimento conjunto, em que o bom desempenho de uns contribua com o crescimento dos outros através de programas de incentivo, temos um ambiente de cooperação e colaboração, estabelecendo parcerias e regras claras.
O risco de ser contaminado por um desses males, entre outros, é grande para quem não tem consciência de que o mundo externo reflete a forma com que pensam e sentem os indivíduos envolvidos no processo. Ao invés da fuga, unir-se torna a equipe menos frágil e mais corajosa em buscar incansavelmente a saúde organizacional.