PROCURA-SE
É notável um aumento significativo na rotatividade de profissionais nas empresas. Independente do segmento, as pessoas não dão tempo, nem a si próprias, nem às organizações, para colherem os frutos que plantaram.
De um lado temos empresas ansiosas por contratar profissionais capacitados, que não queiram apenas um emprego, mas que esperam traçar sua carreira, trazendo a sua experiência e contribuição em busca da excelência. De outro lado, encontramos jovens na busca incansável por uma oportunidade de mostrar suas competências e alcançar crescimento profissional. Mas por que existem tantas vagas abertas? Por que há um desencontro entre a oferta e a procura? Existem algumas hipóteses que nos fazem refletir sobre os motivos que não ocasionam esse “casamento”: empresas que abrem vaga para o mercado, sem olhar os talentos internos, candidatos que querem qualquer oportunidade, mas não sabem onde almejam chegar e, assim, poderíamos ficar aqui fazendo uma lista de possibilidades que não levam a lugar algum.
Saber o que quer, estabelecer uma meta, filtrar as informações, estudar o mercado e suas possibilidades, conhecer a oferta feita pelas empresas antes de se envolver no processo seletivo, pode fazer a diferença na vida de quem se candidata a um emprego. Optar por um caminho que tenha início, meio e fim, mesmo que às vezes seja necessário voltar atrás, ainda que já tenha andado parte do trajeto, é aconselhável. Cada empresa pode ser vista como uma nova chance de mostrar seu talento e ser reconhecido por isso. Ter paciência, demonstrar que está disposto a criar vínculo e que não é no primeiro problema que vai recuar, garante maior chance de sucesso para quem inicia uma nova jornada.
Hoje não falamos mais em atrair e depois reter talentos (ou seja, manter por mais tempo aqueles que já enxergam no mercado melhores chances), mas sim em engajar os mesmos colaboradores, hoje desmotivados (sem motivos) para crescerem em novos projetos, novos cargos, novos setores. Uma equipe engajada pode encontrar na empresa atual uma nova oportunidade de carreira sem precisar se voltar ao mercado, em busca de outro emprego. A solução para as vagas existentes pode estar mais perto do que se imagina.
Belino e Semenzato, no seu livro “Escola da Vida” citam Napoleon Hill: “não há substituto para a persistência. Ela não pode ser suplantada por nenhuma outra qualidade. Aqueles que cultivaram o hábito da persistência parecem desfrutar de um seguro contra o fracasso”. Não dá para desistir na primeira dificuldade, nem como empresa, tampouco como colaborador. Os problemas do cotidiano devem ser encarados como desafios que impulsionam o crescimento.
Candidatos mais focados, empresas melhores estruturadas na área de gestão de pessoas podem aumentar o número de processos seletivos de sucesso! Ou ainda, diminuir consideravelmente o desgaste e o investimento em não encontrar as pessoas certas para compor um time vencedor. Sem persistência, não há vitória.