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MÃO NA MASSA


O dia-a-dia das empresas está tomado de rotinas que ocupam espaço na agenda dos executivos, gerentes, supervisores e colaboradores. Apresentação de muitas ideias, discussões, estratégias. Pouca ação. As organizações tem se preocupado, cada vez mais, em criar projetos inéditos, competitivos, sejam eles voltados para o mercado, para o cliente ou para o ambiente interno de trabalho. É mais fácil falar, projetar, redigir, formalizar e aprovar um projeto, do que, de fato, colocar a “mão na massa”, ou seja, colocar em prática o que se pensou.

Não raro as empresas têm inúmeros projetos aprovados, que estão arquivados na memória de seu autor, ou quem sabe, ainda, em uma gaveta. Poder dizer que os programas existem, ainda que não sejam aplicados na prática, causa alívio mediante a responsabilidade de apresentar alternativas para questões demandadas no dia-a-dia. Ter um plano de cargos e salários, planilhas de avaliação de desempenho, formulários de recrutamento e seleção e não utilizá-los como ferramentas de gestão, não adianta nada.

Para facilitar que o projeto se torne realidade, cabe ao coordenador seguir alguns passos para aproximar-se do resultado desejado.

Convide para estar ao seu lado, apenas as pessoas que querem contribuir. Quando souber quem pode fazer parte desse time, saberá quem está comprometido com o objetivo a ser alcançado. Durante o percurso, podem ser encontrados quatro tipos de pessoas: as que querem que o projeto saia do papel, as que irão ajudá-lo a tirar as ideias do papel, os que vão permitir que saia do papel e os que vão impedi-lo de sair. Dê mais importância aos três primeiros.

Mostre o valor e a necessidade vital da implantação das metas e obtenha vitórias mais rápidas. Mostre o quanto iniciativa e pró-atividade podem fazer a diferença no mundo organizacional.

Administre as expectativas. Não exagere nas promessas. Não anuncie nada de grandioso ou milagroso, com estardalhaço. Primeiro conquiste a confiança e meça o seu grau de credibilidade, para que então, através do passo-a-passo, possa evoluir em suas ações.

Aproveite todos os feedbacks encontrados pelo caminho, inclusive os negativos. Surpresas, obstáculos e críticas podem ser bem-vindos, pois muitas vezes direcionam o olhar para novas oportunidades e formas de conduzir o processo, seja ele qual for. Procure fazer uma escuta apurada e investir mais energia no que pode facilitar o caminho o percurso.

No seu livro “Execução – A Disciplina para Atingir Resultados”, Larry Bossidy e Ram Charan tratam deste tema tão comum: planos estratégicos brilhantemente desenvolvidos que não conseguem ser implementados corretamente para trazer os resultados propostos. Os autores afirmam que nenhuma estratégia que valha a pena pode ser planejada sem levar em conta a habilidade da organização em executá-la.

Não adianta ter os projetos e planos de ações muito bem elaborados. É preciso implantar, acompanhar e fazer a manutenção do que foi realizado. O papel aceita tudo. O desafio é transformar ideias em ação.

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